35 E disse-lhes: Homens israelitas, acautelai-vos a respeito do que haveis de fazer a estes homens,
(...)
38 E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará,
39 Mas, se é de Deus, não podereis desfazê-la; para que não aconteça serdes também achados combatendo contra Deus Atos 05:33-39
A idéia: se Deus concordasse com a pregação cristã então ela iria se dar bem. Certamente os cristãos podem usar o argumento de Gamaliel para defender a sua religião como verdadeira, pois de fato ela prosperou muito (claro que com muitas divergências).
Mas então teremos que considerar uma outra religião como divinamente abençoada: o islamismo. Tal religião é quase 600 anos mais recente do que o Cristianismo e se aproxima de possuir quase o mesmo número de seguidores (e com bem menos divergências teológicas); mesmo que muitos adeptos morram por sua fé - vide Bósnia, Chechênia, Palestina, Caxemira e os famosos homens-bomba. E o mais interessante é que tal religião rejeita dogmas centrais do Cristianismo: a trindade, a divindade de Cristo e sua morte e ressurreição.
Quem usa esse argumento também se esquece de que, naquele momento, o cristianismo ainda era conhecido como uma facção judaica e os primeiros discípulos eram descendentes de Jacó, tanto que frequentavam o templo de Jerusalém (pois os gentios só podiam adentrar num pátio reservado a eles, separados dos judeus). Os que estavam com Gamaliel tinham receio de ver o seu maior orgulho, o templo de Jerusalém, ser destruído. Certamente, muitos ainda se lembraram das palavras de Jesus, e as interpretaram mal, quando Ele se referia ao templo do Seu corpo.Conclusão: o dito de Gamaliel foi circunstancial, não pode ser usado mais pra coisa alguma.
Tenho presenciado o uso desse argumento para defender movimentos, mensageiros, heresias... e vocês?
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